16 de setembro de 2009

Vereador apresenta projeto de lei que denomina “Quadrilódromo” como Praça de Eventos Mandu Ladino

Na sessão do dia 3 de abril, o vereador Fernando Gomes apresentou Projeto de Lei que designa o nome do espaço para manifestações culturais popularmente conhecido como “Quadrilódromo” para Praça de Eventos MANDU LADINO. A iniciativa tem apoio do “pessoal da cultura”, incluindo aí o Secretário de Cultura, Arlindo leão, que manifestou-se favoravelmente à idéia, sugerindo que o prefeito José Hamilton faça a sua promulgação no dia 19 de abril, dia do índio. Quem foi Mandu Ladino... Em 1712, no interior piauiense, a tensão entre brancos e índios atingiu o seu ponto máximo quando estes últimos não mais suportaram a crueldade do fazendeiro Antônio da Silva Couto, e por isso invadiram sua propriedade e o mataram. A repercussão dessa atitude se espalhou rapidamente pelo restante da província, logo chegando ao Maranhão e Ceará Um pequeno índio da tribo Arani, órfão de pai e mãe aos doze anos de idade não escondia o seu ódio aos brancos que lhe haviam exterminado a família. Ao fugir do aldeamento .... juntou-se a um grupo de cariris que buscava o vale do Longá, no Piauí, mas no caminho foi preso e vendido como escravo para um criador de gado. Como condutor de boiadas, no ano de 1712, revoltou-se ao presenciar a morte de uma índia por soldados portugueses. Inconformado, reuniu vários índios, retornou ao local e matou toda a guarnição militar. Esse foi o ponto de partida para uma guerra que se estendeu por seis anos. Motivados pelo sentimento de ódio que nutriam contra os colonizadores que os massacravam, os índios Tremembés, Potis, Aranis, Cariris, Crateús e outras tribos do Piauí, Ceará e Maranhão, uniram-se sob a liderança de Mandu Ladino e formaram uma grande frente de rebelados cujo único objetivo era a expulsão dos intrusos que haviam invadido suas terras e nelas se estabelecido. Agindo do Baixo Parnaíba ao extremo Sul do Maranhão e Ceará, eles levaram o pânico aos que moravam nessa vasta região, saqueando fazendas, sacrificando animais, massacrando pessoas, queimando casas e plantações, mas, sobretudo, se apoderando das armas e munição que encontravam nesses lugares. Foi assim que formaram o grande arsenal que lhes permitiu enfrentar os sertanistas sem qualquer temor, praticamente de igual para igual. Com sua cabeça posta a prêmio, Mandu Ladino continuou infernizando a vida dos proprietários rurais da área onde atuava. Até que em 1717, no lugar denominado Porto das Barcas, situado às margens do rio Igaraçu, braço do rio Parnaíba, os indígenas encontraram pela frente as tropas legais comandadas por Manoel de Carvalho. A luta durou um bom tempo, até que os índios pouco a pouco foram sendo dominados. Pressentindo o que estava para acontecer, Mandu Ladino tentou escapar atirando-se nas águas do rio, mas não alcançou a outra margem pois o soldado João Peres disparou contra ele um único tiro que o atingiu em lugar mortal, porque o líder da rebelião afundou e desapareceu, dele não se tendo mais notícia.

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